Para quem adquiriu recentemente um kindle ou baixou um aplicativo de leitura no tablet, o universo dos livros digitais parece ser um conceito muito novo. É como se toda a tecnologia dos eBooks tivesse nascido do zero há poucos anos. Longe disso… A busca por formas de leitura em formato digital existe há anos, confunde-se com os avanços da computação no pós-guerra e a implementação da própria Internet e do hipertexto. É uma história fascinante que revela a vontade humana de compartilhar informações e democratizar conhecimentos. Compartilhamento e acesso que podemos comparar ao desenvolvimento dos tipos móveis, que facilitaram, e muito, a difusão dos livros e que marcaram o início da Renascença. Então, vamos conhecer em mais detalhes essa nova revolução editorial!
Figura 1: A leitura digital em múltiplos dispositivos é fruto de anos de pesquisas e experimentos, consolidando-se no sucesso comercial dos eBooks e sistemas de leitura atuais.
Fonte da imagem: Apple
Os precursores
O livro digital tem um ponto de partida incerto, devido ao fato que pode-se atribuir diversos autores ao seu invento, dependendo da forma como um eBook é conceituado e definido. Se seguirmos a conceituação do tripé sofware – hardware – conteúdo, (uma conceituação defendida pelo pesquisador Ednei Procópio, especialista em eBooks), torna-se claro que os primeiros eBooks precedem até mesmo a leitura de textos disponíveis na Internet. É justamente o que atesta Angus Phillips, diretor da Oxford International Centre for Publishing Studies, em artigo do jornal The Guardian:
“Nós nos distanciamos dessa concepção de um livro digital como um simples texto disponível no computador ou na Internet. Se você observar, o Projeto Gutenberg já está em andamento desde 1971 e em 1989 já publicou o seu décimo eBook”.
Há diversos candidatos ao título de autor do primeiro eBook, como Roberto Busa (1913-2011), padre italiano jesuíta, que criou o Index Thomisticus, uma ferramenta digital para fins de análise linguística e literária, que permitia fazer buscas na obra de São Tomás de Aquino.
O Index Thomisticus foi planejado em 1946, época que precede a Internet, e em que os computadores eram máquinas de grande porte. Em 1949, Roberto Busa, após publicar sua tese de filosofia, conseguiu patrocínio para o seu projeto com Thomas J. Watson, fundador da IBM. Conforme explica Busa:
Quando o livro de Wiener sobre cibernética apareceu nos anos 40 e eu tinha acabado minha tese sobre a terminologia tomista da interioridade, comecei a pensar em análises linguísticas automáticas e a contemplar o uso do computador para microanálises linguísticas de textos naturais em larga escala. (Roberta Busa no pósfacio do livro Digital cognitive technologies : epistemology and the knowledge economy)
O objetivo de Roberto Busa era realizar análises linguísticas em larga escala, usando recursos computacionais como ferramenta facilitadora, sendo que ele foi pioneiro no desenvolvimento da informática para estudo de textos. Conforme atesta o acadêmico Ernesto Priego em artigo para o The Guardian, ninguém imaginava na época que máquinas desenvolvidas para computações numéricas poderiam ser usadas para o estudo de textos escritos e concordâncias linguísticas.
Por se tratar de um índice para análise literária e linguística, e não uma obra independente, o trabalho de Roberto Busa não é considerado um livro eletrônico, embora contenha em seu escopo o pioneirismo de quebrar as barreiras entre as ciências humanas e literatura com a informática, na busca de adaptar o conhecimento humano para novas tecnologias.
Figura 2: Padre Roberto Busa ao lado de um computador da IBM.
Fonte: Alberto Cavicchiolo.
Outro candidato a criador do eBook é Ángela Ruiz Robles, professora espanhola que inventou o primeiro precursor do livro eletrônico, em 1949. O dispositivo, chamado de Enciclopedia Mecánica, funcionava por meio de carretéis que continham textos e gráficos. Esse conteúdo era exibido graças ao movimento dos carretéis gerado por ar comprimido. Conforme explica artigo do Daily News:
O dispositivo funciona com ar pressurizado, permitindo aos leitores adicionarem diferentes carretéis contendo o conteúdo de leitura. Isso pode ser bem distante do formato atual de aquisição dos livros pela Internet, mas em um mundo sem a Web, isso foi considerado revolucionário.
Ángela Robles inventou esse dispositivo pois não queria que seus alunos carregassem muitos livros nas mochilas, e queria também facilitar o acesso à leitura para todos. Infelizmente a invenção nunca chegou ao mercado, pois Ángela Robles nunca conseguiu obter um investidor para o seu produto. O dispositivo, embora revolucionário para a época, não pode ser considerado um livro digital devido ao fato de que não há digitalização da informação: o dispositivo proposto não é um eletrônico, e sim, mecânico. Além disso, os “livros” também não são livros eletrônicos, ou arquivos binários, mas conteúdo impresso exibido de forma mecânica.
Figura 3: Ángela Robles e seu protótipo mecânico para uso educacional.
Fonte: Família Ruiz Robles.
Já o projeto encabeçado por Douglas Carl Engelbart, sobre sistema operacional multiusuário, denominado oN-Line System (NLS), e desenvolvido no Stanford Research Institute (SRI, localizado na Califórnia, EUA), apresenta recursos próprios de um eBook. Assim como o projeto Hypertext Editing System e FRESS, encabeçados por Andries van Dam na Brown University (localizada em Rhode Island, EUA). Ambos os projetos foram iniciados nos anos 60.
O sistema NLS, fundado pela DARPA (agência de pesquisa americana voltada para a defesa), NASA e a força aérea americana, foi o primeiro sistema a empregar o uso prático de hipertexto. mouse, interface gráfica, monitores de vídeo e vários outros conceitos que formam hoje a computação moderna. O sistema permitia a edição de documentos tanto em modo on-line quanto off-line, por meio de comandos no terminal ou pela inserção de fitas de papel perfuradas. A intenção de Douglas Engelbart era a alta performance das organizações voltadas ao conhecimento e informação. Para Engelbart, a questão estratégica e desafiadora era: qual a melhor forma de investir os recursos disponíveis da melhor forma a auxiliar na evolução da alta performance das instituições voltadas ao conhecimento? E sua resposta era buscar, conscientemente, elementos do sistema humano que fossem candidatos para essa mudança, como um meio de melhor controlar a tecnologia para atingir os objetivos. Assim surgiram produtos como o texto estruturado com links e o mouse.
Figura 4: Estação de trabalho do sistema NLS, em 1968.
Fonte: Computer History Museum.
O sistema de Andries van Dam, o Hypertext Editing System, era financiado pela IBM e funcionava em computadores IBM. Também permitia a edição de documentos, além de contar com recursos avançados como sumários automatizados, índices, hiperlinks e gráficos, conforme detalhado em artigo do Infotoday.
O Hypertext Editing System funcionava com memória de 128 K em um computador IBM/360 e era financiado pela IBM, que mais tarde vendeu-o para o Houston Manned Spacecraft Center, onde era usado para produzir documentação para o Apollo space program.
Figura 5: Estação de trabalho do Hypertext Editing System (HES), em 1969.
Fonte: Greg Lloyd.
Andries van Dam também é, de acordo com Edwin D. Reilly, autor de um compêndio das maiores invenções da tecnologia digital, o inventor do termo eBook, como forma de abreviação de Electronic Publication.
Já o Project Gutenberg, mencionado por Angus Phillips, revela a ação extraordinária de Michael S. Hart em 1971 (Michael aparece no começo deste artigo, em seu desordenado porão, na fotografia tirada do Brewster Kahle’s Blog). Na época, Michael S. Hart era um estudante americano que obteve acesso ao sistema de computadores da Universidade de Illinois, nos EUA. Acesso que representava um grande presente, uma vez que o custo de uso por minuto desse sistema era muito caro. Ele decidiu fazer sua contribuição para a equipe de operadores do sistema com a digitalização da “Declaração de Independência dos Estados Unidos”.
Michael S. Hart digitou toda a “Declaração” e, ao finalizar esse trabalho, quis fazer a sua divulgação por mensagem eletrônica, enviando o texto para todos que estavam conectados no sistema. Isso se caracterizaria como uma tentativa de distribuição “viral” de livros. Porém, a equipe de operadores convenceu Michael a evitar o email como forma de distribuição do texto, e ele optou por deixar a “Declaração” disponível dentro do sistema para download.
Figura 6: Computador Xerox – SDS Sigma 5, instalado nos laboratórios da Universidade de Illinois. Através dele, Michael S. Hart elaborou a digitalização da “Declaração de Independência dos Estados Unidos”.
Fonte: Scott Beale/Laughing Squid.
A “Declaração de Independência dos Estados Unidos” se tornou o primeiro eBook do Projeto Gutenberg, um projeto fundado por Michael para facilitar o acesso público e livre das pessoas aos livros e ao conhecimento humano. Hoje, o Projeto Gutenberg se tornou uma grande plataforma on-line de livros digitais gratuitos e de domínio público. O uso gratuito e irrestrito ao conhecimento humano é que fundamento a filosofia do projeto. Conforme atesta o website do projeto:
A premissa na qual Michael Hart baseou o Project Gutenberg era: qualquer coisa que possa ser inserido em um computador pode ser reproduzido indefinidamente… o que Michael chamou de “Tecnologia Replicadora”. O conceito da Tecnologia Replicadora era simples; uma vez que um livro ou qualquer outro item (incluindo imagens, sons, e até objetos 3-D) estivessem gravados em um computador, então qualquer número de cópias pode e estará disponível; Todos no mundo, ou até fora deste mundo (no caso de transmissão por satélite) poderá ter uma cópia do livro que foi inserido no computador.
Essa premissa filosófica criou diferentes vertentes: 1.Textos Eletrônicos (Etextos) criados pelo Project Gutenberg devem ser disponibilizados para os formatos mais simples e de fácil acesso à disposição.
A filosofia de Michael S. Hart e seu projeto demonstram até hoje a base humanista por trás da digitalização de livros, sempre visando que uma obra de grande interesse da humanidade possa ser lida em qualquer computador ou dispositivo eletrônico, por mais simples que seja, independente do tamanho de tela, sistema operacional ou marca.
Das ficções interativas aos eReaders
Junto com o desenvolvimento da informática, e da computação moderna com monitores de vídeo, logo vieram os primeiros jogos eletrônicos, como o Colossal Cave Adventure, de 1976, desenvolvido originalmente pelo programador e espeleólogo americano Will Crowther. Trata-se de programa pioneiro dos jogos de ficção interativa em ambiente digital. O termo ficção interativa se aplica devido ao fato do jogo não possuir uma interface gráfica, usando a narração literária como interface. A interface do jogo é textual, de forma que o jogador se localiza no tempo e espaço por meio de descrições das salas, ambientes, objetos e personagens. E para vencer o jogo Colossal Cave Adventure, explorando com sucesso uma caverna de grandes proporções, é necessário digitar as ações que o personagem deve fazer. Para observar o ambiente, é preciso digitar look. Também é possível interagir com objetos por meio de ações como get, drop e throw. A seguir, na Figura 08, um exemplo de descrição de ambiente, reação do jogador e resposta do jogo:
Figura 7: Jogo textual descreve ambiente e responde às ações do jogador.
Fonte: AMCTV.COM
Na época, Colossal Cave Adventure apresentou o modelo dos jogos de aventura baseados em texto e popularizou as narrativas digitais interativas. E também representou uma incorporação do texto narrativo ao ambiente digital de forma a permitir o feedback do leitor na exploração de um ambiente imersivo.
Depois, com o avanço da informática e da computação, a troca de documentos por meio de suportes digitais como CD-Roms e disquetes se popularizou. A ascensão de disquetes e CD-Roms facilitou a troca de informações, mas não o consumo de livros digitais, pois o universo editorial ainda se mostrava alheio a esse universo. Exceção para obras de referência, como dicionários e enciclopédias, que podiam fazer uso do suporte digital para facilitar e automatizar a busca de termos, além de usar os recursos de hipertexto para ligar um termo ao outro. Caso do CD-ROM da Grolier´s Academic American Encyclopaedia em 1985.
Figura 8: Interface da Groelier´s Academic American Encyclopedia, uma enciclopédia digital disponível em CD-Rom.
Fonte: Arete Publishing Company.
Mesmo com pouco interesse do mercado editorial, alguns artistas pioneiros criaram suas obras em meio eletrônico, usando recursos hipertextuais de tal forma que suas narrativas seriam chamadas de hiperficção. Assim como os jogos de ficção interativa, uma hiperficção permitia a interação do leitor para gerar uma história não linear. Caso de Uncle Roger, uma narrativa hipertextual sobre amor e política que se passa no Vale do Silício, publicado pela poetisa Judy Malloy em 1987.
Figura 9: Interface da narrativa hipertextual Uncle Roger, da poetisa Judy Malloy, criado em 1987. O leitor pode fazer uma leitura não-linear a partir das escolhas permitidas pela programação.
Fonte: Judy Malloy.
Em 1993, o escritor americano Peter James publicou Host, um suspense em formato de livro impresso, mas que também acompanhava dois disquetes. Host foi considerado, pela mídia, a “primeira novela eletrônica”. O autor alega ter sido atacado pela crítica, com ironias sobre a dificuldade de um leitor levar um computador para a praia se quisesse uma leitura naquele ambiente. Mesmo assim, Host teve 12 mil cópias vendidas. Depois, em uma palestra, Peter James declarou que eBooks fariam sucesso quando se tornarem mais convenientes para leitura do que suas versões impressas.
A versão digital do livro chegou a vender 12 mil cópias, de acordo com o autor. Mas o mais interessante é que, dois anos mais tarde, James iria palestrar na University of Southern California, junto com o fundador da Apple, Steve Jobs. No local ele anunciou que os eBooks fariam sucesso assim que eles se tornarem mais convenientes para ler do que o livro impresso.
A declaração do sucesso dos eBooks, feita por Peter James, foi um anúncio do que aconteceria com o mercado editarial nos próximos anos. Antes da popularidade atual dos eBooks, os livros eram acessados por meio de disquetes, ou baixados na Internet, para serem lidos em computadores de mesa. Existia uma baixa adesão à leitura digital, o mercado de livros on-line era pouco significativo, comparado ao impresso. O livro digital era de fácil acesso, mas seu principal problema ainda precisava ser contornado: a leitura digital não era confortável. É desagradável a leitura de textos extensos na tela de um computador. O brilho emitido pela tela incomoda os olhos após certo tempo de leitura. E ficar sentado na frente de um computador de mesa não é uma posição que estimula a imersão na leitura, principalmente para quem tem preferência em ler reclinado em uma poltrona, deitado na cama, sentado em um sofá.
Esse problema foi finalmente contornado com a comercialização em larga escala do eReader (abreviação de electronic reader), dispositivo digital para leitura de eBooks. O eReader facilitou a leitura e, consequentemente, a ascensão do mercado de eBooks. Esses leitores de livros digitais foram sendo implementados em um mercado que era ainda incipiente para consumidores iniciantes de eBooks.
Entre os equipamentos da primeira geração de e-reader, […], estão o eBookman, os RCA eBook 1100 e 1200, o coreano HieBook e o Rocket Book. Todos esses equipamentos tiveram que passar pelo teste de consumidores extremamente iniciantes e que, muito antes de o Kindle e o Nook virarem coqueluche da imprensa, não tinham a menor ideia do que era esse novo produto. (Ednei Procópio, em sua obra O livro na era digital)
Procópio afirma que muitos desses dispositivos eram tecnicamente bons em “mimetizar o papel”, mas não criaram um modelo de negócios para a cadeia produtiva do livro. Ou seja, não adianta ter um excelente leitor de eBooks sem uma plataforma na qual o leitor possa procurar e comprar os livros que deseja, a mesma plataforma na qual o editor ou publicador pode disponibilizar seus livros e vendê-los com eficiência.
Disponíveis no mercado ou não, todos eles tinham algo em comum: permitir que os leitores pudessem acessar uma biblioteca virtual [hoje cetamente baseada na Web] e que pudessem escolher, entre milhares de títulos, aquele que interessar. Basta ver o modelo hoje adotado pela Amazon. Antes de a empresa pontocom de Jeff Bezos montar seu modelo de negócios, diversos projetos tentaram o mesmo. E a diferença entre esses projetos de certo modo fracassados e o modelo da Amazon talvez seja o foco no consumidor leitor e no conteúdo.(Ednei Procópio, em sua obra O livro na era digital)
Da primeira geração de eReaders, o Rocket eBook, lançado em 1998 pela Nuovo Media, foi um dos modelos vendidos pela Amazon que apresentava diversas novidades favoráveis a um mercado editorial de eBooks. Entre as novidades estava o acesso a obras gratuitas (de domínio público), marcador de página, bateria duradoura, busca por palavras e frases no texto, ferramenta de anotação, alteração de fonte, entre outros.
Figura 10: O Rocket eBook pertence à primeira geração de eReaders.
Fonte: Nuovo Media.
A Amazon vendia o Rocket Book e foi por meio dele que optou por criar seu próprio modelo e sua própria cadeia de produção e venda editorial, surgindo dessa forma o Kindle (PROCÓPIO, 2010, p.79). Lançado em 19 de novembro de 2007, o Kindle foi o principal expoente e popularizador dos eReaders.
Figura 11: O primeiro modelo do Kindle, lançado em 2007.
Fonte: Amazon.
Atualmente, a Amazon se tornou uma empresa de grande porte no mercado editorial por meio do Kindle, com uma estratégia agressiva para sua venda de Kindles e, principalmente, de um acervo enorme de eBooks que podem ser comprados e baixados em poucos cliques. Outra estratégia agressiva é sua plataforma fácil para a autopublicação de livros, permitindo que autores possam publicar suas obras em formato digital diretamente pela Amazon, sem passar pela intermediação de um editor, um profissional que, anteriormente era visto como o “porteiro” das letras, avaliando textos que seriam ou não publicados.
É preciso cuidado para não confundir os eReaders com os tablets, sendo que esses últimos foram popularizados no mercado de tecnologia após o lançamento do Kindle. Tanto eReaders como tablets são dispositivos eletrônicos móveis, geralmente em formato de prancheta, mas há algumas diferenças significativas. A primeira diferença é a função. A função primária do eReader é a leitura de livros digitais, os eBooks. Um eReader pode até apresentar funções adicionais, como jogos de Sudoku em eReaders da marca Kobo Touch, mas seu objetivo primário será sempre a leitura de eBooks. Já o tablet, popularizado com o lançamento do iPad em 2010, é um aparelho multifunção, que permite o consumo de diferentes tipos de mídias como vídeos, músicas, jogos e livros, assim como acesso a e-mails, agenda, calculadora e mil e uma possibilidades por meio de aplicativos à venda para o seu sistema operacional. Logo, ele pode ler livros digitais, mas ele não foi criado unicamente para essa função. Outra diferença significativa é a tela. Tablets têm uma tela que emite luz colorida e, portanto, podem dificultar a leitura de textos extensos, diferentes, portanto, da tela dos eReaders. Os eReaders contam com uma tela de tinta eletrônica (chamada e-ink, ou electronic ink) que não emite luz e, portanto, não causa desconforto para a leitura.
Atualmente, o mercado de eBooks e de eReaders e tablets está em ampla ascensão, de tal forma que o mercado editorial está se alterando por causa desse novo modelo e nova cadeia de produção, distribuição, venda e leitura de livros. Um mercado atual muito dinâmico, em constante transformação… Ah, mas falemos sobre o mercado no próximo capítulo! Agora é hora de pegar o seu eBook favorito e imaginar a saga para que esse livro aparecesse na tela de um dispositivo eletrônico!
Fantástico!!!!!!
Boa noite peço permissão para citar seu artigo em meu projeto acadêmico.
Muito bom o artigo. Gostaria de o mencionar como referência bibliográfica. Posso fazê-lo?